7.05.2012

A Era do Gelo

Kimi Raikkonen nunca quis, nem nunca adaptou-se a Fórmula 1. Mas aparentemente o mundo da F1 adpatou-se ao loiro tranquilo do norte da Europa. Tendo em vista que seu retorno, calou até mesmo críticos de longa data.

Os flashes de luz vermelha, todas as câmeras estão apontadas para ele, centenas de jornalistas, armados com caneta e bloco de notas pendurados em seus lábios. Mas em vez de desfrutar da atencão na conferência de imprensa da FIA em Barcelona, Kimi Raikkonen só parece pensar em uma coisa: "Socorro, eu sou uma celebridade - me tirem daqui." Desde o início de sua carreira ele odeia o circo em torno da F1. Quando ele fala com os representantes da mídia, então ele praticamente não fala, ele sussura e resmunga, porque ele no passado foi amaldicoado por muitos como 'espantalho ou HP-autista. "Ele não é o queridinho de todos, mas ele também não tem que ser. Há muitos jornalistas que não se dão bem com ele, mas isso não é problema", Jo Leberer, seu antigo companheiro na Sauber interveio na defesa de Kimi. "A Fórmula 1 é um esporte de homens. É difícil, no passado era associado à mulheres e festas. Por isso Kimi é tão popular - até mesmo na Alemanha - porque ele é diferente. Ele não é apropriado para um determinado patrocinador ou fabricante de aparelhos, mas este não é o verdadeiro sentido e finalidade de um piloto de corrida.

E aqueles que assistiram Raikkonen de perto em Barcelona viram que não é com todos os jornalistas que a palavra "besteira" pisca em sua testa. Após a classificacão ele sentou-se alegre no motor home da Lotus, bebeu água de uma garrafa em forma de urso e conversou 18 minutos com Heikki Kulta, um jornalista finlandês. "As pessoas gostam de pensar que podem raciocinar tudo apartir de detalhes. Dois anos longe da Fórmula 1 não mudaram Raikkonen, ele ainda não quer se adaptar. Mas a F1 parece adaptar-se a ele, especialmente a Lotus que ao contrário de McLaten e Ferrari, aceitou o finlandês como ele é, e tira proveito sua imagem. Na Malásia a equipe distribuiu sorvete com os melhores cumprimentos de Raikkonen - em referência à corrida de 2009, quando Raikkonen saiu do carro antes do fim da corrida e tomou um sorvete.

O paddock inteiro parece estar feliz com a volta de uma verdadeira figura. "Foi triste quando ele deixou a F1 e estou feliz que ele está de volta" disse Johnny Herbert, "eu gosto do Kimi, especialmente sua maneira de empurrar e tirar o máximo do carro. Ele não gosta de todas essas coisas da mídia, mas ele não é o único. No entanto ele demonstra mais do que os outros." Damon Hill também elogia: "Kimi faz suas próprias coisas. Ele não está interessado no circo em volta dele, apenas em sua pilotagem. Ele deixa que seu desepenho na pista fale por si." Mas não é apenas em seu caráter que Raikkonen ainda é o mesmo, em termos de talento ele não perdeu nada também. Já em sua quatra corrida pela Lotus o finlandês estava no pódio. A título de comparacão: Michael Schumacher não conseguiu isto depois de 2 temporadas, e o alemão é além de tudo 7 vezes campeão, enquanto Raikkonen tem apenas um título - e como muitos críticos dizem, conquistado apenas na base da sorte.

"Michael demorou quase um ano para estar razoavelmente no topo. Kimi voltou e imediatamente estava lá", ressaltou Jackie Stewart. "Eles são duas personalidades diferentes. Kimi é um piloto nato, Michael não é e nunca foi. Ele tinha um bom carro, uma boa equipe e pilotou bem. Mas Kimi é mais coracão e alma nisto."Kimi é claramente mais novo do que Schumacher e com o E20 ele tem um bom carro desde o início. Além disso o controle sob o carro do finlandês é indiscutívelmente sem precedentes. "O que Kimi pode tirar do carro você raramente vê", disse Leberer e lembra uma anedota de seu tempo juntos na Sauber: "Uma certa vez tínhamos um treinamento com bicicletas e ele subiu o morro apenas no pneu traseiro. Ele parou a bicicleta e comecou. Quando ele desceu o morro - já tinha nevado um pouco, as folhas estavam espalhadas por todos os lugares - eu estava pensando o tempo todo, Peter Sauber vai me matar. Ele andava como um louco - no sentido positivo é claro. Ele tinha o controle absoluto da bicicleta e tirou o máximo disto."

Enquanto Leberer não está surpreso com o retorno brilhante do finlandês alguns críticos tiveram que rever sua opinião. "Eu disse no início deste ano que achava que Kimi não conseguiria acompanhar os ponteiros. Então realmente tenho que admitir: eu estava errado. Kimi está completamente em forma", reconheceu Christian Danner. "Ele lida perfeitamente com todas as novidades implementadas durante sua ausência como; carros sem reabastecimentos e os pneus Pirelli. Seu desempenho é simplesmente fantástico." Ao mesmo tempo Raikkonen continua Raikkonen. Ele se recusa a usar o simulador da Lotus porque ele prefere "pilotar carros de verdade na pista" e ignorou o importante teste em Mugello porque ele não gostou da previsão de chuva para os dias de testes. No passado isso teria sido usado contra ele. Agora, aumenta a admiracão de seu desempenho ainda mais. "É tão louco o que ele faz às vezes. Às vezes ele não vem de jeito algum. É inacreditável. Mas este é Kimi, ele é assim. Eu não o culpo. Ele traz seu desepenho desta forma - não é diferente, disse Danner. As palavras 'problema de motivacão', as quais sempre surgiam conectadas à Raikkonen, parece não existir mais no vocabulário dos jornalistas. No vocabulário do finlandês nunca existiu de qualquer maneira.

"Enquanto eu souber que dei 100% e estou com minha pilotagem, então estou satifeito. Isso é honestidade. Para quem isto não é suficiente, não é suficiente", disse Raikkonen. Ele também é muito honesto quando está decepcionado com seu próprio desempenho, como ele estava no Bahrein. A caminho do pódio o diretor da Red Bull Christian Horner parabenizou Kimi com as palavras: "Forte corrida, Kimi!" A resposta curta do finlandês foi: "não forte o suficiente". Raikkonen quer apensas uma coisa: correr e vencer corridas. " A geracão mais nova assumiu o leme e Kimi se encaixa melhor nesta categoria em termos de competitividade do que Michael. Acho que Kimi terá mais sucesso do que Michael" acredita Herbert. Hill também ainda espera muito do finlandês de 32 anos. "Kimi tem um talento imenso e experiência. E ele ainda é jovem. Só comecei com 33 anos na F1. 30 é uma boa idade para um piloto, então ele voltou no tempo certo para à F1." Se os críticos de Raikkonen vão ficar em silêncio pelo resto da temporada vai depender de seus resultados. O retorno foi bem sucedido, sem dúvida. A cada corrida a equipe e piloto estão cada vez mais fortes, enquanto alguns times perderam consistência. Isso permite esperanca para um grande em 2012.

Fonte: Motorsport-Magazin.com/ Traducão: Ale-Ing: Miezicat/ Port. The Iceman Br Team - @Arli_Racegirl

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