Terminou ontem a temporada 2012 da Formula 1, com a consagração de
Vettel como o mais jovem tricampeão da história da categoria. E não é só
isso: ele se junta a Fangio e Schumacher como um dos três únicos a
conquistarem três títulos na sequência, sendo que foi o único deles a
conseguir isso logo nos seus três primeiros títulos (quanto três numa
frase só, rapaz, vou até jogar no bicho). Cheia de variações climáticas,
pequenos incidentes e ultrapassagens abusadas, a prova, disputada em
Interlagos, foi emocionante, para amante de mata-mata ou pontos corridos
nenhum botar defeito. Lembrando que a F1 é disputada em pontos corridos
por não ter como ser de outro jeito, ainda que Senna e Prost tenham
tentado instituir o mata-mata no final da década de 80.
....
Parte do Raikkonen:
Os bons malucos
Os bastidores da F1 necessitavam de um cara diferente, que desse
respostas que fugissem do óbvio e “sujasse” um circo cada vez mais
coxinha (ainda acho que o salgado não merece o que fizeram com o seu
nome) e engomadinho. Por sorte, Kimi Räikkönen voltou
aos monopostos, depois de algum tempo correndo de rali. Aliás, o rali
parece uma metáfora na vida do finlandês, que mesmo passando pelas
melhores equipes da F1 e tendo conquistado um título, sempre se destacou
pelo comportamento, digamos, off-road. E que fique claro: Kimi não é
apenas o alívio cômico das pistas, pois compete de igual para igual com
os melhores, como ficou provada a terceira colocação no mundial de 2012,
ainda que guiasse uma Lotus sem maiores esperanças de grandes
resultados.
No futebol, quem é o maior responsável por nossas gargalhadas? Quem é aquele que nos gera expectativa pelo seu próximo causo? Mario Balotelli,
óbvio. Está certo que o italiano é bem mais autodestrutivo que
Räikkönen, que só gosta de dar suas patadas em repórteres e entornar a
sua biritinha sossegado. Mas você não é capaz de imaginar o Super Mario
mandando um “Me deixe em paz, eu sei o que estou fazendo” diante de uma
orientação de seu treinador? E que tal Kimi se perdendo pela área de
escape de Interlagos e desabafando com um “Por que sempre eu?”. Deve ser
interessante dividir uma mesa de bar com esses dois. Há uma boa chance
deles se descobrirem melhores amigos. Ou de saírem na porrada em questão
de segundos.
Matéria bem divertida comparando os pilotos com jogadores de futebol - leia o texto completo no blog Trivela
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